Desenho Universal da Aprendizagem
O conceito de desenho universal desenvolveu três princípios que vão de encontro aos processos identificados:
1 - proporcionar múltiplos meios de representação,
Howard Gardner |
3 - proporcionar múltiplos meios de envolvimento.
Howard Gardner é psicólogo cognitivo e educacional, mentor da teoria das inteligências múltiplas. Esta teoria veio renovar as formas de ensino permitindo a todos os alunos envolverem-se ativamente na aprendizagem e alcançarem o nível máximo de eficiência que lhes for possível.
Para a realização deste módulo devo utilizar os seguintes recursos:
1 - Apresentação (Prezi)
2 - Princípios desenho universal da aprendizagem
3 - Checklist desenho universal da aprendizagem
4 - Desenho Universal da Aprendizagem, princípios orientadores
5 - Teoria das Inteligências Múltiplas (Howard Gardner)
6 - Questionário VARK (versão traduzida BR)
7 - Webquest (screencast)
8 - Instrumentos de planificação unidades de aprendizagem de LD Grid (mapa de curso (.docx), perfil/tipologia de actividade (xls), mapa de curso (.xls),
plano de unidade de aprendizagem, planificação de aula (lesson builder CAST), pedagogical pattern colector).
In: http://inctec2014.blogspot.pt/p/topico-3.html
Atividade do Módulo III
Neste módulo de aprendizagem, no Grupo "Santarém", constituído pelas docentes de Educação Especial, Elsa Videira, Isabel Perdigão e Teresa Guardão, realizámos uma atividade "WebQuest, a que demos o nome de "As Plantas com Flores". Este trabalho foi elaborado com recurso à ferramenta Zunal e a metodologia de webquest. Pode ser visualizado em: http://zunal.com/webquest. php?w=244103
A www.zunal.com é um gerador de webquest online que permite adicionar diversos conteúdos tais como: fotos, vídeos, textos, arquivos. É um produto da web 2.0, completamente em linha, sem precisar de fazer download.
Ótima ferramenta para o professor criar uma webquest para as suas aulas, ajustando os conteúdos à especificidade da sua turma ou aluno com NEE.
Tem uma desvantagem, só permite usar uma webquest Zunal de cada vez, com o mesmo nome de usuário, mas pode usar nomes diferentes para criar diferentes webquest.
Comentário Temático - Módulo III
Que reflexões faria sobre a sua experiência como aluno(a)/estudante na forma como foi ensinado e aprendeu? Que abordagem pedagógica predominou - uma uniformização para todos ou uma preocupação com as dificuldades/capacidades de cada um?
Terminei o ensino liceal durante o regime fascista e
isso já diz tudo. Fui sempre para a escola de bata branca, bem passada a ferro,
nem curta nem comprida, pelo joelho como todas as meninas de bem, usava
soquettes ou meias até ao joelho, mesmo nos dias em que nevava. Só podia circular
nas salas e nos pátios para meninas, os rapazes não podiam saltar o muro que
nos separava das aulas e dos recreios. As professoras ensinavam as meninas e os
professores os rapazes.
O ensino era apenas num sentido professor/aluno, expositivo e raramente com oportunidade de colocar dúvidas. Quando estas surgiam geralmente eram motivo de chacota. As crianças tinham de parecer todas iguais; silenciosas, disciplinadas, atentas e obedientes. Tínhamos de estudar muito em casa, saber tudo na ponta da língua, decorar mesmo sem perceber, escrever muito, cópias e ditados (fiz um calo no dedo médio!). Aos doze anos de idade passei a usar óculos, uns fundos de garrafa, tão pesados que ao fim do dia me doía o nariz. O médico perguntou como tinha eu aprendido a ler se não via nada a um palmo de distância. Também não sei como consegui aprender se eu era das mais altas e, por isso, ficava nas filas do meio ou atrás dos outros e para o quadro não via nada!! Mas ouvia e muito bem.
O resultado do questionário WARK surpreende-me pois atribui maior valor à capacidade visual.
O ensino era apenas num sentido professor/aluno, expositivo e raramente com oportunidade de colocar dúvidas. Quando estas surgiam geralmente eram motivo de chacota. As crianças tinham de parecer todas iguais; silenciosas, disciplinadas, atentas e obedientes. Tínhamos de estudar muito em casa, saber tudo na ponta da língua, decorar mesmo sem perceber, escrever muito, cópias e ditados (fiz um calo no dedo médio!). Aos doze anos de idade passei a usar óculos, uns fundos de garrafa, tão pesados que ao fim do dia me doía o nariz. O médico perguntou como tinha eu aprendido a ler se não via nada a um palmo de distância. Também não sei como consegui aprender se eu era das mais altas e, por isso, ficava nas filas do meio ou atrás dos outros e para o quadro não via nada!! Mas ouvia e muito bem.
O resultado do questionário WARK surpreende-me pois atribui maior valor à capacidade visual.
·
Visual: 5
·
Auditiva:
4
·
Leitura/Escrita:
4
·
Cinestésica:
3
A aprendizagem multimodal processa-se no dia-a-dia das
nossas vidas e por isso o ensino também deve ser multimodal. Para Gardner a
inteligência não consiste apenas na capacidade de resolver problemas mas na
capacidade de elaborar produtos e mesmo problemas dentro do seu meio. Dá grande
ênfase às raízes biológicas da inteligência e distingue-as em sete grandes
grupos: inteligência musical, inteligência corporal-cinestésica, inteligência lógico-matemática, inteligência linguística, inteligência espacial, inteligência interpessoal e inteligência intrapessoal. Cada uma não
dependendo totalmente das outras, pois se uma estiver comprometida a outra não
se perde.
De acordo com a teoria das inteligências múltiplas, enquanto professora, sempre procurei analisar as particularidades de cada aluno, sempre me esforcei por perceber o que cada aluno podia ter como barreira no processo de ensino/aprendizagem para que pudesse aceder ao conhecimento eliminando os obstáculos. Essa faceta do ensino sempre me interessou e por isso segui para a Educação Especial.
O meu percurso profissional tem-me mostrado que é possível traçar caminhos, metas/objectivos individuais mais adequados se melhor conhecermos os alunos. Não posso ensinar um aluno cego da mesma forma que ensino um aluno surdo. São realidades diferentes, mas ambos podem atingir o mesmo grau de competência para a leitura, para a escrita, para a matemática ou para qualquer outra habilidade.
Hoje em dia os recursos são múltiplos e a tarefa está mais facilitada para o professor, mas as turmas grandes (!cada vez estão maiores!) nem sempre promovem a pluralização do ensino e os professores titulares optam pelas aulas expositivas. No entanto, vão tendo a preocupação de adaptar os instrumentos de avaliação às características e ritmo de aprendizagem dos alunos.
De acordo com a teoria das inteligências múltiplas, enquanto professora, sempre procurei analisar as particularidades de cada aluno, sempre me esforcei por perceber o que cada aluno podia ter como barreira no processo de ensino/aprendizagem para que pudesse aceder ao conhecimento eliminando os obstáculos. Essa faceta do ensino sempre me interessou e por isso segui para a Educação Especial.
O meu percurso profissional tem-me mostrado que é possível traçar caminhos, metas/objectivos individuais mais adequados se melhor conhecermos os alunos. Não posso ensinar um aluno cego da mesma forma que ensino um aluno surdo. São realidades diferentes, mas ambos podem atingir o mesmo grau de competência para a leitura, para a escrita, para a matemática ou para qualquer outra habilidade.
Hoje em dia os recursos são múltiplos e a tarefa está mais facilitada para o professor, mas as turmas grandes (!cada vez estão maiores!) nem sempre promovem a pluralização do ensino e os professores titulares optam pelas aulas expositivas. No entanto, vão tendo a preocupação de adaptar os instrumentos de avaliação às características e ritmo de aprendizagem dos alunos.
O link que segue é de particular interesse: https://www.institutoclaro.org.br/em-pauta/pensadores-tecnologia-educacao-howard-gardner-teoria-inteligencias-multiplas-ensino-adaptativo/
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